Instruções para o Colapso
Coletivo Cartográfico
Referências - Pesquisa Poética
Artes Visuais
03/02/2013 - Material visitado coletivamente
Material de Referência para a escrita do Projeto
Teórico/Conceitual
Deriva:
Termo utilizado por uma série de artistas para ações de deslocamento inusitado na esfera urbana. O nome provavelmente surge da Internacional Situacionista (IS) francesa que se propôs a repensar a cidade através propostas de uso do espaço urbano que contivessem a noção de jogo, risco e acaso. As propostas da IS foram muito influenciadas pelas idéias de Johan Huizinga em seu livro Homo Ludens. Como o nome já explicita, a proposta consiste em se dispor à experimentar a cidade fora do lógica de uso cotidiana, se por à deriva, ao acaso, ao risco, através da criação de regras inusitadas de deslocamento. A IS, por exemplo, desenvolveu ações nas quais os participantes tinham que chegar que ir de um lugar A a um lugar B seguindo às orientações de um mapa de Londres, estando fisicamente em Paris, se deslocando pela cidade e chegando em lugares que de outra forma, jamais explorariam.

Programa:
Termo proposto pela pesquisadora carioca Eleonora Fábião para pensar uma possível via de estruturação para trabalhos de performance. Ela extraiu o termo do texto Como Criar para Si um Corpo Sem Órgãos de Gilles Deleuze e Felix Guatarri. Programa seriam as instruções, as regras que o artista estabelece para viver sua experiência performática que o desloca da lógica cotidiana. Para além das regras, que nunca devem ser abandonadas, tudo é acaso.
Hans Bellmer
Urbanismo
Mapas
Cartografias
Dança Contemporânea
Livro sobre dança contemporânea em espaço público que discorre acerca de diversos grupos que trabalham na rua, suas diferentes poéticas e estratégias:

¡A Bailar a La Calle!
Danza Contemporánea, Espacio Público y Arquitectura
Victoria Pérez Royo
Ediciones Universidad Salamanca
Artes Visuais
Clique na capa do livro para baixar seu PDF
Bas Jan Ader
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Quedas. Interesse na precariedade e simplicidade. Fragilidade do corpo. Falha, falência, erro. Cair com objeto, por objeto através do objeto.
Jirí Kovanda
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Sutileza e delicadeza. Simplicidade na escolha de seus programas. depositar vestígios (punhado de pó, etc) como testemunho em lugares estratégicos do espaço.
Tehching Hsieh
comentário:
Parte deste material fez parte de pesquisa desenvolvida pelo Coletivo na 30aBienal de SP no dia 9 de dezembro de 2012
comentários:
Programa como contrato - clareza na composição das regras de seus projetos e disciplina na execução das mesmas. O registro faz parte do programa. Durabilidade da experiência. Radicalidade.
Franz Erhard Walther
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Desenhos espaciais. Criação de vestimentas/cenário. Composição. Tensão. Linha.
Patrick Jolley
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Contraste entre a passividade e aquilo que se depreda. Força de colapso do fogo - Memória do "Ensaio para a morte" desenvolvido pelo coletivo na ocupação da Casa da Purpurina. Interesse no despedaçar do objeto quando cai do chão e no uso de alturas - trabalhar com objetos, com coisas que saiam do corpo no figurino, com as alturas do Vale do Anhangabaú.
Ivan Argote & Pauline Bastard
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bom humor nas propostas de ação na rua - filmagem em plano aberto, narrador inventa coisas acerca da vida das pessoas que passam - filmagem sem som mostra imagem de pessoas esperando para passar em faixa de pedestres se viram para ver o câmera que grita "linda!" e coisas do gênero - vídeo criado a partir edição de imagens de diversas câmeras presas na cabeça de animais num pasto.
Allan Kaprow
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Criador dos Happenings; da defesa em se borrar as fronteiras entre vida e arte em busca de uma (un)art; das activities. Seus programas performativos em geral eram muito simples e poderiam ser feitos por qualquer pessoa. Boa parte de seus programas envolvem uma ou mais pessoas.
Francis Alÿs
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Simplicidade na criação de seus programas, simplicidade na maneira como atua seus programas. Relação poético-política com o espaço público e com as pessoas que encontra. Percurso, rastro, simplicidade/precariedade material.
Gordon Matta-Clark
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Demolições cirúrgicas, cortes na arquitetura. Se o corpo é compreendido como metafóra de prédio, demolível e construível, como seria supor esses cortes no corpo? Trabalho em espaço público, relação com as pessoas, simplicidade e jogo político.
Francesca Woodman
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Corpo em ruínas junto à casa em ruínas. Como seria transportar esse olhar para a ruína urbana e pública? Tal questionamento imita os questionamentos de saída do Coletivo da Casa da Purpurina para o espaço público urbano.
Literatura
Manual de Instruções - de Julio Cortazar , presente no seu livro Histórias de Cronópios e Famas.

O realismo fantástico de Cortázar constrói instruções para ações cotidianas de forma repetitiva, ultradetalhada, impessoal e surreal, gerando um manual ou ineficiente ou que impede sua obediência, ou que leva à inexatidão, à falha ou ao colapso.
Entre a ficção e o real, ele confunde o leitor ao mesmo tempo em que evidencia a surrealidade que já compõe o cotidiano.

Este jogo limítrofe entre o real e a arte parece interessante. Assim como o manual a princípio impessoal, mas que conduz à desautomatização ao à surrealidade.

anotações Fabiane Carneiro:

- manual de instruções: a tarefa de amolecer diariamente o tijolo, a tarefa de abrir caminho na massa pegajosa que se proclama mundo… resistir a que o ato delicado de girar a maçaneta, esse ato pelo qual tudo poderia se transformar, possa cumprir-se com a fria eficácia de um reflexo cotidiano… quebre a cabeça desse macaco, corra do centro em direção à parede, e abra caminho… há um andar de cima onde moram pessoas que não percebem seu andar de baixo, e estamos todos dentro do tijolo de cristal… Quando abrir a porta e assomar à escada, saberei que lá embaixo começa a rua; não a norma já aceita, não as casas já conhecidas, não o hotel em frente; a rua, a floresta viva magnólia, onde os rostos vão nascer quando eu os olhar, quando avançar mais um pouco, quando me arrebentar todo com os cotovelos e as pestanas e as unhas contra a pasta de tijolo de cristal, e arriscar minha vida enquanto avanço passo a passo para ir comprar o jornal na esquina.

- instruções para subir uma escada… quais seriam as instruções para o colapso? Para cada integrante do coletivo? Demolir, tentar estabilizar ou ainda tentar se erguer? Em que condições? Pode-se buscar o mesmo que no ato delicado de se girar a maçaneta?

- ou, como nas Estranhas Ocupações, (neste país onde as coisas se fazem por obrigação ou fanfarronada, gostamos d) as ocupações livres, (d)as tarefas sem importância, (d) os simulacros que de nada adiantam? Construir uma forca para delinear a lua, se deslocar de forma não usual por medo em cair de costas (tia), encontrar as possibilidades da abstração (para me consolar resolvi abstrair suas lágrimas, e durante certo tempo me deleitei com essas diminutas fontes cristalinas que nasciam no ar e se esborrachavam nas pastas, no mata-borrão e no boletim oficial. A vida está cheia de belezas assim.) Será que a abstração pode ser uma forma de suspender, de retardar o colapso, o demolir?

- ou como na História de cronópios e famas, a invenção do relógio-alcachofra por um cronópio, que arranca suas folhas para marcar a hora e ao chegar no coração, a come satisfeito, com azeite, vinagre e sal e põe um novo relógio no lugar.

- olhar com outro óculos, enxergar a beleza e a vida da cidade, transformer, deixar humano.
Clique na capa do livro para baixar seu PDF em espanhol.
Cidades Invisíveis - de Ítalo Calvino .

Em cada capítulo do livro, Marco Polo descreve uma cidade diferente ao Grande Khan. O livro, na verdade, aponta para diferentes modos de ver a cidade, bem como para diferentes críticas à mesma.

Pensar em diferentes modos de ver a cidade, de percorrê-las de estar nelas e de criá-las. O homem como um aspecto da cidade ou a cidade como um aspecto do homem.
Clique na capa do livro para baixar seu PDF.
Diferentes poemas, ou trechos de poemas, ou idéias de Manoel de Barros .
Independente da obra de Manoel de Barros estar muito focada num ambiente rural, parece interessante a maneira como ele coisifica as coisas, desierarquizar o homem em relação às coisas. Coisificar-se como uma busca das relações à se travarem com o espaço da rua.

Exemplo - os grifos em itálico foi feito pelo Coletivo não por Manuel:

O homem de lata

O homem de lata/arboriza por dois buracos/no rosto
O homem de lata/é armado de pregos/e tem natureza de enguia
O homem de lata/está na boca de espera/de enferrujar
O homem de lata/se relva nos cantos/e morre de não ter um pássaro/em seus joelhos
O homem de lata/traz para a terra/o que seu avô/era de lagarto
o que sua mãe/era de pedra/e o que sua casa/estava debaixo de uma pedra
O homem de lata/é uma condição de luta/e morre de lata
O homem de lata/tem beirais de rosa/e está todo remendado de sol
O homem de lata/é um iniciado em abrolhos/e usa desvio de pássaro/nos olhos
No homem de lata/amurou-se uma lesma/fria/que incide em luar
Para ouvir o sussurro/do mar/o homem de lata/se increve no mar
O homem de lata/se devora de pedra/e de árvore
O homem de lata/é um passarinho/de viseira:/não gorjeia
Caído na beira/do mar/é um tronco rugoso/e cria limo/na boca
O homem de lata/sofre de cactos/no quarto
O homem de lata/se alga/no Parque
O homem de lata/foi atacado de ter folhas/e se arrasta/em seus ruídos de relva
A rã prega sua boca/irrigada/no homem de lata
O homem de lata/infringe a lata/para poder colear/e ser viscoso
O homem de lata/empedra em si mesmo/o caramujo
O homem de lata/anda fardado de camaleão
O homem de lata/se faz um corte/na boca/para escorrer/todo o silêncio dele
O homem de lata/esta a fim/de árvore
O homem de lata/é uma caso/de lagartixa
O homem de lata/é rosto amoroso/de pessoa
O homem de lata/está todo estragado/de borboleta
O homem de lata/foi marcado a ferro e fogo/pela água.
Banksey
comentários:
Humor. Jogo limíte entre realidade e ficção. Intervenção Urbana/Protesto/Ironia/Contradição do ato artístico. Personagens/contraste/contraditórias, a violência e a delicadeza. A presença da crítica aos sistemas de opressão e controle públicos, bem como a figura de limpeza que apaga os vestígios do que ocorreu na rua.
Música
comentários:
Possível inspiração poética - motivação para o trabalho - a partir da letra da música. O clip também possui imagens interessantes.
Por que demolir? Destruir para assegurar. Destruir como rotina. Imaginar-se ruir.

Hyper Ballad
Bjork

we live on a mountain
right at the top
there's a beautiful view
from the top of the mountain
every morning i walk towards the edge
and throw little things off
like:
car-parts, bottles and cutlery
or whatever i find lying around

it's become a habit
a way
to start the day

i go through this
before you wake up
so i can feel happier
to be safe up here with you

it's real early morning
no-one is awake
i'm back at my cliff
still throwing things off
i listen to the sounds they make
on their way down
i follow with my eyes 'til they crash
imagine what my body would sound like
slamming against those rocks

and when it lands
will my eyes
be closed or open?
Hyper Ballad - Bjork
i'll go through all this
before you wake up
so i can feel happier
to be safe up here with you

Hiper Balada tradução Carolina Nóbrega
Hiper Balada
Bjork

Nós vivemos bem no alto
De uma montanha
Há uma vista linda
No topo da montanha
Toda manhã, ando através de sua beirada
E atiro pequenas coisas lá em baixo
Como:
Partes de carro, garrafas, talheres
Ou qualquer coisa que eu encontre jogada por aí

Se tornou um hábito
Um meio
De começar o dia

Eu vou atirar todas essas coisas
Antes de você acordar
Para que eu me sinta mais feliz
E esteja a salvo aqui em cima contigo

É realmente de manhã cedo
Ninguém está acordado
Estou de volta ao meu despenhadeiro
Ainda atirando coisas lá embaixo
Eu ouço o som que elas fazem
Em sua decida
Eu sigo com meus olhos até que se despedacem
Eu imagino como o meu corpo soaria
Batendo contra aquelas rochas

E quando ele aterrissasse
Estariam meus olhos
Fechados ou abertos?

Eu vou atirar todas essas coisas
Antes de você acordar
Para que eu me sinta mais feliz
E esteja a salvo aqui em cima contigo
Cinema
Cena do Discurso de Domênico no Nostalgia de Andrei Tarkovsky
comentários:
Fogo como potência destruidora - sua força na rua. Oposição temporal: Algo muito agitado e explosivo em relação a algo apático e paralisado ou muito lento. A praça pública e seu caráter de cotidiano e de fórum político.
Alguém se demole em prol de uma causa. Nada se transforma no entanto. Contraste. Contradição. Risco. Sacrifício.
Cena final de Zabriskie Point
de Antonioni
comentários:

Explosão. O impacto da explosão, sua velocidade e sua dispersão espacial. E depois a lentidão de seus fragmentos e suas fumaças retornando. A casa se demolindo: perda da subjetividade, perder objetos que te definem, explodir/demolir objetos.
Filme São Paulo S/A
de Luiz Sérgio Person
comentários:
Relação do indivíduo com o espaço da cidade, o espaço urbano do centro da cidade, seus ritmos, questão social, a dinâmica do espaço, os deslocamentos.
depois do colapso (recomeçar, recomeçar, recomeçar, mil vezes recomeçar, recomeçar de novo, recomeçar sempre, recomeçar, recomeçar...).
colapsar aos poucos, se ancorando em esteriótipos, pessoas, cargos, posição social, dinheiro.
Filmes de Alain Resnais:
Medos Privados em Lugares Públicos e As ervas Daninhas
comentários:
Relação espaço privado e público. Universos particulares que se cruzam na cidade. Paralelismo. Encruzilhadas. Relação pessoa – espaço.
Filme Medianeras
de Gustavo Taretto
comentários:
Janelas. Mistura e fronteira de universo privado e público. Neurozes urbanas, paranoia. Pensar a si na cidade como um "Onde Está o Wally?". Os diferentes olhares para a cidade - o olhar fotográfico - como as fotografias definem um tipo específico de olhar - sendo fotografar um hábito cada vez mais comum, o que da cidade eu enquadro? Detalhes. Arquitetura. Contrastes urbanos.
Referências
Neste momento interessada em preparar um corpo para o treinamento que vem logo depois e começar a distinguir as qualidades de movimento que poderão ser utilizadas na pesquisa poética na rua no Anhangabaú.

Pesquisa dos FLUIDOS nos Estudos do Demolir, Estabilizar e Erguer a partir do Glossário do Projeto.

-CARNE - Estudos a partir da CARNE para a improvisação de movimento. CARNE: Toque de descolamento, e deslize da carne em relação ao osso (separação da carne do osso). Pensando CARNE - como tudo o que se pode comer (então, musculos, orgãos, etc). Qualidades RUIR/ENVERGAR/ENFERRUJAR.

-CARNE + SANGUE ARTERIAL - Estudos a partir do CARNE + SANGUE para a improvisação de movimento. CARNE+SANGUE arterial: Toque de volume e pulsação. Toque Sangue com direção do centro para as extremidades. Qualidades EXPLODIR/ LANÇAR.

-CELULAR - Estudos a partir dos fluidos das células - fluido do corpo todo - para a improvisação de movimento. FLUIDOS CELULARES: Peso com bolsas de água. Qualidades DERRETER.

-SINUVIAL -




Body Mind Centering
referências que surgiram de fevereiro a março
comentários: Repetição e acumulação de imagens, cansaço, exaustão. Simplicidade. Delicadeza.

Depois de Kaprow representa uma continuação e extensão estética em sua trajetória, Rosemary Butcher, enfatiza a situação de seus corpos intensivos, qualidades de movimento relacionadas a contextos e site-specific. Kaprow, com os Happenings e a reinterpretação posterior de Rosemary forneceram a base para o conceito de que viria a se consolidar no Após Kaprow. O que resta é a extensão do contexto performativo através de um diálogo com a forma arquitetônica, e as possibilidades oferecidas por uma justaposição com a linguagem do vídeo.
http://rosemarybutcher.com/
Rosemary Butcher
Nervura
comentários:­Sobre a “Carne” ­ - corpo em nervura, mistura de músculo + orgãos + sangue arterial.
Nervura da Ação.
SOBRE A “NERVURA:

Na biologia, “nervura” se refere aos filamentos compostos por feixes de fibras que transportam
os impulsos dos órgãos sensoriais ao sistema nervoso central e vice­versa, possibilitando
movimento e sensibilidade. Na botânica, a palavra “nervura” quer dizer filamento ou veio de
folhas e pétalas por onde é transportada a seiva. Na zoologia, “nervura” se refere ao tubo
córneo que, ramificado, sustenta a membrana das asas dos insetos. Na tipografia, “nervura” se
refere à saliência transversal das lombadas dos livros encadernados. E, na arquitetura,
“nervura” é o termo que designa a linha ou a moldura saliente que separa as arestas de uma
abóbada, os lados das ranhuras ou os ângulos das pedras. A “nervura da ação” é, portanto, por
definição gramatical, uma questão vegetal, animal, mineral, arquitetônica, gráfica, que envolve
voo, suporte, transparência, curvatura, ângulo, moldura, ranhura, saliência, lombada,
movimento, seiva, pétalas, veias, asas, órgãos, filamentos, córneas, membranas, sensibilidade,
flores, fibras e livros. Ou, ainda, a “nervura da ação” é uma questão de misturas, de
combinações minerais, vegetais e animais através de ações humanas em busca de
compreensões corporais outras, de invenções psicofísicas muitas. A nervura diz respeito ao
que há de seiva nas saliências transversais dos livros de arquitetura encadernados com pétalas
de flores; a nervura diz respeito ao ângulo da pedra em que pousa um livro e suas asas
vegetais; diz respeito à natureza córnea, transparente e aquosa das molduras cerebrais; ao
feixe de fibras que transporta os impulsos das saliências através do nosso órgão tubular
central; diz respeito às ranhuras das abóbadas sensoriais onde moram anjos e insetos; diz
respeito aos movimentos sensíveis das folhas em dias de sol; a nervura diz respeito aos
movimentos sensíveis das gentes diante de folhas flutuando, asas caindo e páginas
amarelecendo e diz respeito, finalmente, às dobraduras e aos desdobramentos das palavras.”
[Eleonora Fabião ­ Corpo Cênico, Estado Cênico]
Urbanismo
Dança/Performance
Teoria
Imagens de Demolições
comentários:­ É interessante para criar imagens de ações corporais análogas. Diferentes possibilidades de demolição no corpo. Diferentes qualidades.
comentários: Exploração de movimento a partir do Body-Mind Centering®. Preparação corporal e pesquisas de estados corporais com o BodyMind Centering®: através do toque e movimento distinguir as qualidades específicas de cada Fluido.
Anhangabaú História e Urbanismo - de Jose Geraldo Simões Junior